Entrevista a Jean-François Lézé
para a Escola Profissional de Música de Viana do Castelo,
por Francisca Bastos, em 2010
Percussionista, pianista e compositor nascido em França.
Terminou os seus estudos no CNSM de Lyon nas classes de percussão e piano de
François Dupin, Georges Van Gught e Roger Muraro. Foi Chefe de Naipe da Orquestra Metropolitana
de Lisboa, professor da Academia Nacional Superior de Orquestra, professor de repertório de orquestra e
leitura à 1ª vista na Escola Superior de Música Artes do Espectáculo.
Actualmente, é Chefe de Naipe da Orquestra Nacional do Porto e professor de Projectos Colectivos e Improvisação da EPMVC. A sua intensa actividade pedagógica permitiu criar a melhor geração de percussionistas portugueses que hoje em dia trabalham nas principais orquestras. Tem sido convidado como solista para interpretar o Concerto pour percussion et Orchestre de Jolivet, o Concerto para Marimba solo e Orquestra de Cordas de N. Rosauro, a Suite em quatro andamentos para Marimba, vibrafone, piano e Orquestra de Bernardo Sassetti, e estreou o Ricercare de Filipe Pires para Marimba e Orquestra Sinfonica.
Colaborou em projectos de música de câmara com artistas como Artur Pizarro, Katia e Mariel Labeque, Natalia Gutman, Bernardo Sassetti e Mário Laginha. Tem os seus trabalhos editados em França pela Edition François Dhalmann, na Suíça pelas Editions BIM e em Portugal na AVA Musical Editions.
Actualmente, é Chefe de Naipe da Orquestra Nacional do Porto e professor de Projectos Colectivos e Improvisação da EPMVC. A sua intensa actividade pedagógica permitiu criar a melhor geração de percussionistas portugueses que hoje em dia trabalham nas principais orquestras. Tem sido convidado como solista para interpretar o Concerto pour percussion et Orchestre de Jolivet, o Concerto para Marimba solo e Orquestra de Cordas de N. Rosauro, a Suite em quatro andamentos para Marimba, vibrafone, piano e Orquestra de Bernardo Sassetti, e estreou o Ricercare de Filipe Pires para Marimba e Orquestra Sinfonica.
Colaborou em projectos de música de câmara com artistas como Artur Pizarro, Katia e Mariel Labeque, Natalia Gutman, Bernardo Sassetti e Mário Laginha. Tem os seus trabalhos editados em França pela Edition François Dhalmann, na Suíça pelas Editions BIM e em Portugal na AVA Musical Editions.
1. Como
surgiu esta disciplina (Projectos Colectivos e Improvisação) no currículo do
Curso de Instrumentista?
A Dra. Carla Barbosa teve a ideia de
criar a disciplina (original e única em Portugal) e convidou-me para orientá-la,
tendo como objectivo principal o desenvolvimento da criatividade artística.
2. Como
surgiu a ideia de aliar a improvisação e a música à poesia, como aconteceu, por
exemplo, no Espectáculo: “Fernando Pessoa
– Singularidade e Pluralidade”?
Surgiu de uma escolha temática para
“alimentar e enriquecer” a poesia de Fernando Pessoa com a música, recorrendo às
diversas formas artísticas (teatro, improvisação, composição, narração…).
3. Considera
que a interdisciplinaridade (Improvisação – Português) foi benéfica para os
alunos?
Absolutamente. O facto de “criar,
compor, improvisar, narrar e actuar” alguns dos mais belos poemas do Pessoa
permitiu o desenvolvimento consciente de uma compreensão e sensibilização
positiva da poesia.
4. Considera
que esta disciplina pode desenvolver capacidades nos alunos?
Sem dúvida. Desenvolve capacidades de
memorização, de sensibilização, de concentração e, mais importante, através da
criatividade, a capacidade de ultrapassar a insegurança e desenvolver a
auto-confiança e a auto-crítica capazes de melhorar a performance instrumental
individual e/ou colectiva.
5. Como
classifica o empenho e evolução dos alunos, como músicos em formação, na
actividade desenvolvida na disciplina?
Muito positivo em geral. As capacidades organizativas no que
diz respeito ao colectivo podiam melhorar em regra geral , mas as várias turmas
de Projectos Colectivos e Improvisação, tanto nos sopros, percussão ou cordas
revelam semanalmente e em particular nas audições uma grande qualidade nas
prestações artísticas envolvidas e uma constante progressão criativa.
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