quinta-feira, 18 de julho de 2013

Autorretratos 2013

            Turmas 1CISP/CICT, EPMVC, 2013

O destino juntou-nos,
Sem saber o porquê.
Somos muitos,
Somos loucos,
sonhadores de um sonho coletivo.
Caminhamos lado a lado,
Todos no mesmo sentido,
Para no mundo da música vingar.
É na música que encontramos o nosso rumo.
Todos rimos, todos sofremos,
Ninguém escapa às emoções.
Para nenhum de nós o caminho será fácil.
O mundo artístico é uma grande dificuldade.
Somos heróis, somos amigos, somos irmãos.
Todos possuímos um passado,
Mas  a paixão do presente,
conduzir-nos-á ao futuro!             


              Jéssica Loureiro, aluna EPMVC, 2013


Meu olhar é poderoso
pois assim aprendi a ser,
Tento ter o poder corajoso
que os outros me faziam ver.



A cor da terra nasceu em mim,
sem que eu pedisse ou exaltasse,
Sou poderosa como o marfim,
fazendo isso, com que eu me destacasse.


Amores profundos tenho eu,
Como grandes histórias de amor,
Como a Julieta morreu de amor
pelo seu amado Romeu.


Toda a gente vê a minha face,
mas não sabe o que esconde ela,
seria melhor que não falassem
quem não conhece a história por detrás dela.




 Yekaterina Kuchinskaya, aluna EPMVC, 2013



Não sou gorda,
Muito menos magra.
Imensas virtudes,
Diversos defeitos.
Olhos cor do mar,
Incertos,
Desconfiados.
Face redonda,
Nariz empinado,
Sorriso escondido,
por detrás de mágoas.
Minha pele é branca,
Minhas mãos pequenas,
Assim como a minha estrutura.
Chamam-me idealista,
Eterna sonhadora…
Um pouco louca,
Um pouco perdida,
Sensata e deveras feliz.
O orgulho cobre-me as veias.
No meu sangue, flui a minha história.
Deito fora a ignorância,
O materialismo e a própria insónia.
Mentes obscuras me rodeiam.
Olhos tapados por palas de perdição.
Mas quem não ama, não sente,
Quem mente não é digno,
Somente a dignidade humana
Tem a perfeita ilusão da realidade fustigada.
A sociedade é cega.
Sair de casa torna-se um desafio.
O medo pelo vazio
Invade a minha mente,
Assim como o medo
de não me integrar nesta sociedade caprichosa.
O medo de cair,
Requer a coragem de levantar
Fico a observar-me,
O que o espelho reflete.
Queria ser um forasteiro,
Um objeto,
Uma nuvem,
Um esboço,
Um tudo,

que pode ser
Um nada.                                                                          
              
                     Bárbara Gomes, aluna EPMVC, 2013


Nos dias mais tenebrosos,
Meu sorriso se apaga,
Meus olhos ficam chorosos,
Sem alguma chama.

Sou calma em certos tempos,
Mas certas vezes me exalto.
Sou sincera nos momentos
Em que vem ao de cima o meu encanto.

De face branca eu estarei
E olhos esmeralda tentei ter,
Mas nunca conseguirei ser
Aquilo que alguma vez sonhei.

Mar de rosas nunca vivi,
Mas sempre tentei ser
Aquilo que escolhi.

Sou errante sem perceber,
Muitas coisas não entendo,
Preciso de procurar saber,
Fazer algo, mas podendo…

Minha face é mostrada,
Mas não sabem a vida por detrás dela.

Meu amor está ativado
Por alguém que não o sente.
Meu coração fica frustrado,
Sempre que alguém mente.

Minha alma está condenada.
Como Orfeu sofreu,
Por sua única amada.


             Maria Luísa Couto, aluna EPMVC, 2013


 Teimosa quanto baste,
     para muitos não é defeito.
     Lutadora, persistente,
     desejo ardentemente,
     no futuro,
 a um bom lugar ter direito.

      Dizem que sou meiga e discreta,
     que sou menina predileta.
     A verdade não é bem essa…
     É verdade que poucos conhecem,
    A Verdade que vivi,
verdade que sonhei...
     No entanto, não me desmascarei.
     


            Catarina Carvalho, aluna EPMVC, 2013


Mulher feliz, mulher guerreira,
Que vive desilusões e ilusões,
Que não desiste, mas não insiste.

Tenho estatura média,
Olhos castanhos cor de avelã,
Cabelo longo, que esvoaça com a brisa da manhã.

Não tenho medo do destino,
Tenho medo de sofrer,
Tenho medo de perder e de morrer,
De deixar algo por resolver.

Às vezes gelo, outras vezes fogo,
Vivo num turbilhão de emoções,
Sinto-me traída, perdida e desiludida,
Por vezes esquecida!

Apesar de estar mal finjo estar bem,
Gosto de dar tudo o que tenho,
Gosto de sorrir e sei ouvir.

Só choro quando é preciso,
Quando não aguento mais,
Quando os sentimentos estão a mais.

Sou apenas eu própria,
Sem imitações,
Tenho uma história de vida,
Repleta de emoções!

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