quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Conversa com… maestro Julián Lombana


A propósito dos dois concertos a realizar no próximo sábado 11 de janeiro 2014, no Teatro Municipal Sá de Miranda, em Viana do Castelo, recorda-se a conversa de 2008 com o maestro Julián Lombana, que irá dirigir a Arte Sinfónica – Orquestra EPMVC.


Nasceu em Bogotá em 1954. Terminados os estudos de Violoncelo e Composição, obteve a licenciatura em Pedagogia Musical na Universidade Pedagógica Nacional da sua cidade natal. Graduou-se em Direção de Orquestra no Conservatório Superior de Música “C. Porumbescu”, de Bucareste. Ao radicar-se em Itália, participou em cursos de especialização de Direção de Orquestra. Desde 2006, a convite da Fundação Átrio da Música, tem dirigido por várias vezes a Orquestra Sinfónica da Escola Profissional de Música e o Coro da Academia de Música de Viana do Castelo. Presentemente é professor titular de Cátedra de “Prática Orquestral” e diretor da Orquestra do Conservatório “F.A. Bonporti” de Trento, em Itália.


Com que idade iniciou o maestro os seus estudos musicais e que instrumento começou por tocar?

Eu comecei os meus estudos musicais na Colômbia aos nove anos. Estudei solfejo e violoncelo.


Quem o incentivou nessa sua escolha?

Na minha família havia um tio, irmão de um avô, que era violoncelista e foi membro da Orquestra Sinfónica da Colômbia e desde pequeno que ouvia falar dele. Isso despertou a minha curiosidade em conhecer um pouco o mundo da música. Na minha família havia uma relação bastante estreita com a música, todos gostavam muito de a ouvir e cantar. Tocavam com instrumentos típicos. Eu tocava guitarra, mas de uma forma natural não éramos profissionais. Porém, eu tinha vontade de aprofundar os meus conhecimentos musicais, pois tinha curiosidade em saber mais sobre música. Na minha casa havia um quarto onde se guardavam muitas coisas que não serviam para nada, mas que também poderiam servir para alguma coisa. Aquele quarto era um mistério por desvendar. Quando lá entrei, encontrei um arco que não sabia se era de violino, violoncelo ou contrabaixo. Mais tarde, descobri que era um arco do meu tio, que foi guardado pelos meus pais. Então, eu chegava ao quarto e brincava com as cerdas do arco. Esse arco de violoncelo foi muito importante para mim.
Outro facto relevante foi o de meu pai ouvir música sinfónica. Era advogado e enquanto trabalhava, em casa, ouvia música. Eu habituei-me a ouvir música sinfónica desde que nasci.