quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Álbum do CONCERTO DE NATAL - Arte Sinfónica, Orquestra EPMVC, Pequenos Cantores de Viana e VianaVocale

A 20 de dezembro 2015, na Igreja de São Domingos, decorreu mais um CONCERTO de NATAL com participação da Orquestra Arte Sinfónica - EPMVC, dos Pequenos Cantores de Viana e do VianaVocale - Coro da AMVC, dirigidos pelo maestro Javier Viceiro.

O programa incluiu:

L. Bernstein (1918-1990)
Chichester Psalms

J. Rutter (n. 1945)
Gloria

Para ver o álbum do concerto, por favor clique na imagem (fotografias de Carlos Sampaio):








domingo, 20 de dezembro de 2015

Celebrar o Natal na EPMVC - 2015


Nas duas últimas semanas de formação, muitas foram as atividades que decorreram na Escola Profissional de Música de Viana do Castelo. De entre estas destacam-se:



 Os vários momentos musicais na EPMVC:






A visita ao Museu/Fábrica do Chocolate:





Os vários momentos musicais no centro da cidade:






Os momentos de dança coreografados e interpretados pelos alunos das várias turmas da EPMVC: 








As canções de Natal que juntaram cerca de 120 intérpretes: 




O Concerto da Orquestra de Sopros da EPMVC, dirigida pelo maestro Rafa Agulló Albors no Teatro Municipal Sá de Miranda:







A participação no encerramento do projeto "In Situ: Visitações Bartolomeanas" na Igreja de São Domingos:








E hoje, 20 de dezembro 2015, às 21h30, ainda na Igreja de São Domingos, terá lugar o CONCERTO de NATAL da Orquestra Arte Sinfónica - EPMVC e do VianaVocale - Coro da Academia de Música de Viana do Castelo - Conservatório Regional do Alto-Minho, dirigidos pelo maestro Javier Viceiro. 

Feliz Natal a todos!   




sábado, 19 de dezembro de 2015

Álbum do ensaio e do CONCERTO da Orquestra de Sopros EPMVC - 15 de dezembro - TMSM em Viana do Castelo



A 15 de dezembro 2015, no Teatro Municipal Sá de Miranda (TMSM), em Viana do Castelo, a Orquestra de Sopros da Escola Profissional de Música (EPMVC), dirigida pelo maestro Rafa Agulló Albors apresentou o seguinte programa:

Robert Smith (n. 1958)
IRELAND: Of Legend & Lore




Steven Reineke (n. 1970)
The Witch and the Saint














Andrés Álvarez (n. 1967)
Theseus




Rossano Galante (n. 1967)
Cry of te Last Unicorn














Benjamin Yeo (n. 1985)
Legend of the Ancient Hero



Para ver o álbum do ensaio e do concerto clique na imagem:



(Fotografias de Carlos Sampaio)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Visita de estudo ao Palácio-Convento Nacional de Mafra a 31 de outubro de 2015




O dia começou cedo. Não estava psicologicamente preparada para acordar e ver ainda o negro da noite. Lá fora, a chuva ameaçava cair. Era a chamada “chuva molha parvos” e, se só os parvos molha, então eu tomo-me como tal, pois, depois do meu corpo ter decidido levantar-se do calor dos meus lençóis, dos meus braços me terem arranjado para sair e de eu ter abandonado a velha carrinha do meu pai, a chuva molhava e bem!

Entrei no autocarro. Senti-me solitária, ao ver que ainda poucos corpos tinham chegado. Vinham devagar, sem pressa de chegar. As minhas pálpebras chamavam uma pela outra, o meu corpo reconfortava-se cada vez mais no banco; era acolchoado, senti-o logo que me recostei.
Finalmente chegaram todos. O dia deles devia já ir bem mais avançado do que o meu, o mundo era deles e gargalhadas não faltavam. A professora fez a chamada e, de seguida, adormeci. Adormeci e acordei várias vezes durante a viagem; virei-me ainda mais; os meus membros tinham ainda mais sono do que eu, pois estavam sempre a ficar adormecidos.
Ao fim de algum tempo, o autocarro parou numa estação de serviço. Tomei uma meia de leite. O meu interior estava ainda demasiado gelado e o leite quente ia ajudar a aquecê-lo. Houve quem se deliciasse com gelados como se fossem quatro horas da tarde. Na dúvida, ainda olhei para o relógio; mas não, efetivamente, o meu fuso horário estava correto!
O ar puro ainda mal tinha entrado nos meus pulmões e já era hora de voltar a entrar no autocarro. O ar estava quente, abafado e o sono chamou de novo. Na verdade, só despertei definitivamente quinze minutos antes de chegar a Mafra. Nesse momento, comecei a ficar ansiosa.





O convento era megalómano, nada que não estivesse à espera. D. João V sempre gostou de dar nas vistas e numa coisa pequena ninguém ia reparar. Inicialmente, o convento deveria ser para treze frades; mas, depois de pouca discussão, lá se fez um convento para trezentos.






Entrámos e, no jardim frontal, deparámo-nos com umas aves de rapina. Todos ficaram entusiasmados e as aves, num tom de troça, exibiam-nos a sua beleza.

















Seguimos para assistir à peça de teatro. Primeiramente, visualizámos uma parte numa sala grande onde as personagens passavam por entre os nossos corpos. Esta interação com o público fez-me sentir parte integrante da história. Seguidamente, levaram-nos para uma outra sala onde as minhas pernas puderam descansar. Começou o verdadeiro teatro.
Nunca tinha lido Memorial do Convento. A professora de Português já tinha espicaçado a minha curiosidade, ao ler na aula alguns excertos da obra. Porém, no fim da peça, desejei assaz ler este livro.




Terminado o encanto, a minha barriga foi a primeira a ter a noção da realidade. Fomos então almoçar. Nessa altura, instalou-se a confusão. Enquanto uns gritavam “Eu não tenho batatas”, outros reclamavam “Eu não pedi isto”, outros ainda resmungavam “Tenho sede”. Por fim, com mais ou menos esforço, todos tiveram direito a saciar a bicha solitária que habita dentro dos seus corpos.




Depois do almoço, voltámos ao convento. Assistimos a um momento musical proporcionado pelo quarteto de trombones da Escola Profissional de Música de Viana do Castelo  que, vestido à época, deliciou os presentes. Nesse momento, começámos deveras por nos aperceber da grandiosidade do edifício. Ficámos com uma guia divertida e bem humorada que nos deu a conhecer a história do edifício.






Este foi construído em virtude da rainha, D. Maria Ana de Áustria, não conseguir engravidar, embora já estivesse há dois anos em Portugal. Certo dia, quando D. João V fazia a faustosa caminhada até ao quarto da rainha para praticar a função, foi interrompido pelo Bispo Inquisidor que vinha acompanhado de um franciscano que lhe disse que, se o rei mandasse construir um convento de franciscanos em Mafra, Deus lhe daria sucessão. Nesse momento, o rei prometeu que, se a rainha lhe desse um filho, no prazo de um ano, erigiria um convento de franciscanos em Mafra. Na verdade, D. Maria Ana teve não um filho mas uma filha, a infanta D. Maria Bárbara. Todavia, o rei cumpriu a promessa e mandou construir o convento.




De seguida, visitámos a igreja que o rei chegou a desejar que fosse como a Basílica de São Pedro. Posto isto, fomos conhecer os aposentos do rei. As pernas da cama eram patas de leão e esta era quadrangular, pois, na época, julgava-se que ao dormirem deitados (posição de morte) a alma poderia ser levada por engano. Deste modo, dormiam sentados, reconfortados em almofadas.
Seguimos pelo grande corredor até aos aposentos da rainha. Passámos pela sala de caça, onde nos deparámos com vários animais embalsamados nas paredes e chifres a tomar o lugar de cadeirões; pela sala de música onde pudemos ver um clavicórdio e pela sala de jogo onde comprovámos que muitos dos jogos de hoje já existiam naquele tempo.


Quando chegámos ao quarto da rainha, a guia partilhou connosco uma curiosidade pouco fragrante – à época só tomavam banho quando nasciam, quando casavam e quando morriam, pois acreditavam que tomar banho lhes retirava as defesas.















A hora de voltar para casa aproximava-se e a minha vontade de ficar lá a viver acentuava-se cada vez mais. Ainda houve tempo para ver o universo de livros antigos que existe naquela enorme biblioteca. Não sei se preferia não a ter visto, pois foi como levar uma criança a uma loja de doces e dizer-lhe que não pode comer nenhum. E não pude! Não me deixaram saborear nem uma palavrinha!














Depois de uma grande luta para abandonar a biblioteca, voltámos para o autocarro rumo a casa. Na verdade, só queria voltar e ficar a viver entre toda aquela sabedoria e ostentação.
Bem lá no fundo, acredito que nasci na época errada.


Diana Esteves
2º CISP, 2015